100 anos da Dallegrave: “De exploradores em madeira nativa passamos a ser reflorestadores”, diz diretor da empresa

Por Redação 3 min de leitura

Atualmente gerida pelo diretor Marcos Dallegrave Góes e seu filho Bruno, a empresa Dallegrave teve seu início documentado em 15 de junho de 1923. Para celebrar o centenário ocorreu o lançamento de um livro sobre a trajetória histórica da madeireira e há uma exposição na Casa da Cultura de Irati, que permanece aberta para a visitação até o dia 31 de julho

A empresa Dallegrave, uma das pioneiras do setor madeireiro na região, completou 100 anos de existência no dia 15 de junho. Ao longo de um século, a empresa evoluiu, atuou em diferentes segmentos, empregou mais de 2.240 funcionários, deixou sua marca na história de Irati e do Paraná e continua desempenhado um papel fundamental na economia regional.

“Apesar de muitas oportunidades, a empresa não deixou a sua vocação inicial, a madeira, inicialmente serrando os pinheiros, que era a madeira abundante do estado. Com o passar do tempo, beneficiando a madeira de diversas maneiras. Depois, com a evolução, nós partimos para novos tipos de madeira”, lembra Marcos Dallegrave Góes, diretor da empresa e quarta geração dos Dallegrave.

Com o passar dos anos, ele conta que a empresa cresceu e passou a exportar até mesmo para outros continentes. “Foram anos que nos levaram a ser bem recebidos. Isso é importante salientar que a empresa sempre primou por isso, no mercado nacional, com boa aceitação e reconhecimento, além de criarmos um nome internacional, com exportação a diversos países”, destaca.

História

Em 1923, João Dallegrave, seu filho Paulo Dallegrave e genro, Virgílio Moreira, registravam o primeiro contrato social que oficializou o início das atividades da empresa João Dallegrave & Cia, no km 15 da BR 153, em Imbituva – anteriormente a família de imigrantes europeus já tinha atuado na região de Curitiba. “Em 15 de junho de 1923, provavelmente nessa hora, o senhor João Dalegrave Paulo Dalegrave e Virgílio Moreira deveriam estar em volta do fogão a lenha, abrindo uma garrafa de vinho, talvez feita por eles mesmo, ou dos vizinhos, para comemorar as boas coisas o que devem ter acontecido. A primeira, o recebimento de uma correspondência. Imagine alguém receber uma correspondência, uma carta, e ser motivo de comemoração. Nós estamos falando em 1923, é muito tempo. E essa correspondência trazia a oficialização do sonho [da instalação da empresa]”, pressupõe Marcos.

Em 1938, a empresa deixa Imbituva e se instala em Irati na Rua Coronel Saboia, motivada pela chegada da linha férrea no município, o que auxiliaria no transporte das madeiras para grandes centros em desenvolvimento no país.

A empresa se mantém no mesmo endereço até hoje. E Inácio Martins é outra cidade importante na história centenária, pois é neste município que a Dallegrave mantém suas fazendas, com florestas para a produção de suas matérias primas.

Nestes 100 anos, a Dallegrave investiu em inovações e acompanhou as principais transformações do mercado, atuando no ramo de serrados, laminados, compensados, entre outros.

Sustentabilidade

O que começou com o corte de madeira nativa, mudou para uma forma sustentável de produção. “Tinha a Dallegrave Madeiras e a Dallegrave Florestal, e nós fizemos uma incorporação. E dessa incorpora&cced