1ª Conferência da Fumicultura reúne mais de 300 produtores em Rio Azul
Mais de 300 produtores de tabaco de toda a região participaram, no último dia 03, da 1ª Conferência da Fumicultura em Rio Azul. Dentre os principais pontos debatidos, os destaques foram a negociação do preço do tabaco e medidas a serem tomadas para evitar a depreciação do valor do produto na hora da classificação.
“É mais do que nossa obrigação defender e cobrar melhorias, para que o produtor seja mais valorizado, que seu produto tenha mais valor quando chega lá na ponta, que é na hora da venda, que é aí que vai definir o rumo da vida do fumicultor”, afirma o prefeito de Rio Azul, Leandro Jasinski. Ele conta há mais de 2.500 famílias rioazulenses que se dedicam à produção do tabaco e que a cultura gera empregos e renda no município. “Hoje é difícil imaginar o que seria de Rio Azul sem a produção de tabaco, sem a produção de fumo, que já há muitos anos faz girar a nossa economia”, comenta o prefeito ao justificar a importância da conferência.
Os fumicultores José Natal Pichibileski e Alcéia Jacyszyn que, junto com a Prefeitura Municipal de Rio Azul organizaram o evento, citam que há muitos desafios para os produtores, como as 44 classes nas quais as folhas de tabaco podem ser classificadas. Eles esperavam que as empresas que compram o tabaco estivessem representadas na Conferência e participassem das discussões, o que não ocorreu. Apenas uma empresa enviou representante.
“Esperamos que a nossa voz seja ouvida, agora em dezembro começa a reunião de negociações e esperamos que as empresas olhem para nós. Pela quantidade de gente que está participando [da Conferência] é sinal de que não estamos satisfeitos, as pessoas não estão satisfeitas com o jeito com que as empresas estão pagando o acréscimo, o reajuste”, afirmou Natal Pichibileski.
Outro problema citado por ele é que os seguros agrícolas não atendem toda a demanda. “Nós produtores, ano após ano estamos vendo que cada vez está ficando mais complicado, não só a questão que está ficando caro produzir o fumo, o clima não está ajudando, as doenças são muitas e não estamos tendo um seguro em cima disso, que nós vamos plantar e vamos colher”, desabafou o produtor. Natal Pichibileski acredita que se não acontecerem mudanças, a cadeia produtiva do tabaco pode ser afetada e muitos produtores podem deixar de cultivar o fumo.
Alcéia Jacyszyn, também fumicultora, solicita o apoio governamental tanto para a produção de tabaco, como para a diversificação. “Nós pedimos o apoio, nós pedimos um olhar diferente de vocês autoridades, para defender nós fumicultores. A gente sabe que a visão da fumicultura, do fumo, é a do tabagismo, é a do câncer, mas temos famílias trabalhando para ter a renda. Defendemos a diversificação, eu sou diversificadora, tenho uma estufa de morango, mas precisamos de apoio com a diversificação, precisamos de mais técnicos”, enfatizou Alcéia.
O prefeito de Rebouças, Luiz Everaldo Zak também participou da Conferência e frisou o quanto a fumicultura é relevante no cenário regional. “Ela é muito importante para a economia dos municípios da região, principalmente Rio Azul, São João do Triunfo, Rebouças, tanto que o

