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Governo formaliza concessão do Parque Estadual de Vila Velha

Parceria com a iniciativa privada vai potencializar o local, cartão-postal do Paraná. A concessionária vai investir R$ 15 milhões em infraestrutura para visitantes, sustentabilidade e recreação. Contrato foi assinado pelo governador Ratinho Junior

21/02/2020

Governo formaliza concessão do Parque Estadual de Vila Velha

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (19) o contrato de concessão de áreas do Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, para a empresa Eco Parques do Brasil S/A. O grupo vai investir em serviços de apoio à visitação, turismo sustentável e recreação. O prazo de exploração é de trinta anos. A gestão ambiental segue de responsabilidade do Governo.

A licitação selecionou a proposta economicamente mais vantajosa ao Estado: o investimento na estrutura deve ser de mais de R$ 15 milhões e a empresa ofereceu repasse de 15,2% da receita bruta operacional aos cofres públicos em troca da exploração comercial.

Ratinho Junior afirmou que a concessão possibilita apresentar uma joia dos paranaenses a turistas de todo o mundo. “Estamos colocando Vila Velha entre os destinos mais importantes do mundo. A iniciativa privada fará o investimento em infraestrutura, com a participação do Estado na gestão ambiental. Esse modelo faz de Ponta Grossa um modelo”, disse o governador. “É um passo gigante em prol do turismo, nos moldes da gestão das Cataratas do Iguaçu, que bate recordes de visitantes todos os anos”.

Os investimentos em turismo, destacou o governador, atendem um anseio da sociedade paranaense. “Vila Velha precisava dar esse salto. Turismo é o deslocamento de Produto Interno Bruto para o nosso Estado. Estamos criando um ambiente mais organizado para os atrativos do Paraná”, acrescentou.

Paralelo a essa concessão, disse Ratinho Junior, o Governo do Estado fará mais investimentos em infraestrutura. Como exemplo, ele citou a nova conexão aérea de Ponta Grossa com São Paulo e Foz do Iguaçu, rota que conecta dois dos principais destinos turísticos do Estado.

Política pública 

O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, segue sendo o órgão responsável pela política pública do parque, pela gestão do contrato e pela conservação da biodiversidade. Um grupo de trabalho vai monitorar e acompanhar o cumprimento das medidas que vão garantir a preservação de toda a área.

A licitação foi precedida de roadshows (exposições itinerantes), estudo de viabilidade econômica e ambiental, audiências públicas e uma consulta pública online. 

“O Estado deixa de gastar R$ 4 milhões por ano e passa a arrecadar milhões. O meio ambiente e a pesquisa ganharão muito porque a empresa patrocinará esse cuidado. Quem usa cuida. Vila Velha subirá de patamar, como o seu entorno. Ponta Grossa vai alavancar o turismo da região”, afirmou Márcio Nunes, secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo.

Segundo o presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, a concessão dita o ritmo de uma visão de longo prazo para melhorar a infraestrutura dos parques estaduais. “É um momento histórico e a expectativa é a melhor possível. Precisamos aumentar o número de turistas estrangeiros no Estado”, destacou.

O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, citou investimentos pesados em infraestrutura e a possibilidade de um tíquete único de visitação em Vila Velha e nas Cataratas do Iguaçu, a partir da nova conexão aérea. “Vila Velha é uma das maiores belezas do nosso País. O turismo do Estado passa por uma grande transformação e Ponta Grossa é parte desse movimento. A região tem muitas atividades que serão melhoradas nos próximos anos”, complementou.

Sandro Alex, secretário de Infraestrutura e Logística, complementou que a concessão consolida a convergência de interesses do Governo do Estado e da sociedade civil. “É um parque histórico, mas também atual. Temos uma grande expectativa com ele. É parte da construção do Estado mais inovador do País”, disse.

O ecoturismo que será praticado em Vila Velha cresce entre 15% e 25% ao ano, segundo o Ministério do Turismo. Em todo o mundo, 10% dos turistas buscam esse tipo de atração.

 

O que será feito 

O plano de trabalho da Eco Parques indica implementação de diversas atividades como campo de desafio, balonismo, arvorismo, tirolesa, atividades aquáticas (caiaque, stand up paddle, pedalinho e snorkeling), mountain bike, entre outras. Também haverá novas estruturas aos visitantes como lanchonete, centro interativo e loja de conveniência, além da reestruturação da infraestrutura do local, de um sistema de controle de acesso e de programação educacional/cultural.

A Eco Parques identificou potencial de implementação de hospedagem tipo camping, glamping e motorhome; aluguel de bicicletas, inclusive elétricas; novos mirantes para contemplação das fendas e formações rochosas, associados a elementos mais modernos de interpretação e sinalização visual; novos decks para contemplação de cachoeiras; e novos equipamentos voltados a atividades de aventura, como tirolesa e ponte pênsil sobre Furnas. Segundo o projeto, 11 mil veículos passam por dia na frente de Vila Velha nos dois sentidos. 

A concessão prevê novos espaços de descanso e recreação infantil; instalação de lâmpadas de LED e controle de acesso; repaginação elétrica, hidráulica, de tratamento de esgoto e de segurança; reforma e novo mobiliário nos espaços existentes; restauração das trilhas e mirantes; e eventos e festivais de cunho pedagógico, cultural e de incentivo ao turismo.

“Vila Velha é um ícone do Estado. Queremos visitação com conservação, trazer pessoas do Paraná, do País e do mundo para o parque”, afirmou Carlos de Mello Guimarães, diretor-executivo da Eco Parques. “Vamos trabalhar com as Furnas para que elas voltem a ter aquele interesse do passado, entender como deixar a trilha dos Arenitos mais atrativa, trabalhar com observação e também novos atrativos“.

Texto e fotos: Agência Estadual

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