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Apenas 25% dos produtores de Irati atualizaram cadastro do rebanho, prazo termina dia 30

Quem não atualizar dados poderá ter dificuldades na movimentação de animais pelo estado e até receber multa

27/11/2019

Apenas 25% dos produtores de Irati atualizaram cadastro do rebanho, prazo termina dia 30

Aproximadamente 25% dos mil produtores rurais cadastrados em Irati na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) atualizaram o cadastro de seu rebanho. O prazo final para a atualização é nesta sexta-feira (30).

Produtores que não atualizarem o cadastro do rebanho poderão sofrer penalidades como dificuldades em emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), o que pode dificultar a comercialização, e até o recebimento de multa.

A atualização do cadastro faz parte do planejamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de tornar o Paraná reconhecido internacionalmente como estado livre da febre aftosa, sem vacinação. Nacionalmente, o novo status já foi reconhecido em outubro. A expectativa é que se dobre as exportações de carne com o novo reconhecimento.

 “As antigas campanhas que tinham de vacinação contra a febre aftosa, que era em maio e novembro, foram substituídas por essas campanhas de atualização cadastral. A obrigação dos produtores é de vir e fazer essa atualização”, conta a fiscal de Defesa Agropecuária, Cristina Barra do Amaral Bittecourt.

Atualização

Todos os produtores que possuam animais com interesse econômico precisam fazer a atualização, inclusive os que não possuem bovinos.

O produtor que já possui cadastro deverá contabilizar todos os animais, com informações como idade, tipo, se é macho ou fêmea. No caso de bovinos, os produtores poderão utilizar a classificação da época de vacinação: de 0 a 1 ano, 1 a 2 anos, 2 a 3 anos, e mais de 3 anos, além se é macho ou fêmea. “Cada produtor tem que olhar, ver o que ele tem de animais, que categoria está e trazer a relações dos animais pra cá”, conta Cristina.

No caso de outros animais, a contagem também tem de ser feita. “Quem tem suíno, se tem matriz, se tem cachaço, se tem leitão até quatro meses ou maior de quatro meses, também tem que classificar”, disse. A atualização pode incluir animais como para galinhas, cabrito, carneiros, colmeia de abelhas e tanques de peixes.

Quem ainda não é cadastrado na Adapar, também precisa levar outros documentos. “Produtores novos devem trazer o CPF, o RG, uma conta de luz no nome da pessoa, e uma documentação da terra onde eles criam os animais”, relata.

Mais fiscalização

Com o fim da vacinação, os bovinos não estarão protegidos contra a doença. Para que a doença não volte, a Adapar deverá aumentar a fiscalização nos rebanhos e também em documentações.

Uma das atividades será a vistoria de rebanhos, para verificar se não há sinais de doença. “Nós vamos intensificar as ações de vigilância e poderemos pegar por amostragem propriedades e alguns animais, onde vamos buscar se tem algum sintoma de febre aftosa. Por exemplo, aftas na língua, na gengiva, salivação, afta entre os cascos, nas tetas. Já estamos fazendo a vigilância a campo”, conta.

Outro meio será a análise do saldo de rebanho informado pelo produtor, especialmente o aumento expressivo de animais, sem comprovação. “As diferenças de saldo de rebanho podem estar sujeitas a auto de infração ou multa. Só para se ter um exemplo, um produtor que tinha um boi cadastrado apresentou uma atualização de rebanho de 15 cabeças. Sem ter uma GTA (Guia de Trânsito Animal), que é obrigatória na movimentação animal, não tem como aumentar. Quer dizer, houve compra clandestina, é o que deduzimos”, explica.

Cristina reforça que a Guia de Trânsito Animal (GTA) é para todo o tipo de animal. “A GTA tem que andar junto com a carga. Não pode mandar primeiro a carga e depois vir aqui tirar a GTA. Tem que primeiro vir aqui, obter a guia, até porque algumas propriedades não estão quites com a vacinação de brucelose, e aí nem sai a GTA”, conta.

O aumento da fiscalização acontece também por causa do fechamento das fronteiras do Paraná. A partir de janeiro do próximo ano, nenhum animal de zona vacinada de outro estado poderá vir para o Paraná.

O isolamento deverá acontecer até maio de 2021, quando o estado espera obter reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Exportações

A expectativa é que o reconhecimento internacional aumente as exportações e o Estado ganhe novos mercados como Coreia do Sul e Japão, que valorizam mais produtos de áreas livres de febre aftosa sem vacinação. Um dos exemplos é na carne suína, que poderá saltar das atuais 107 mil toneladas exportadas para 200 mil toneladas.

Onde fazer?

A atualização em todo o Paraná pode ser feita online pelo site http://www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho, ou pessoalmente em sindicatos rurais, unidades de atendimento municipal ou nas unidades locais da Adapar:

- Produtores de Guamiranga, Imbituva e Ivaí – em Imbituva, na Rua Sete de Setembro, nº 77.

- Produtores de Inácio Martins e Irati – em Irati, na Rua Coronel Emílio Gomes, nº 20, Centro.

- Produtores de Mallet, Rebouças e Rio Azul – em Rio Azul, na Rua Expedicionário Antonio Cação, nº 109.

- Produtores de Fernandes Pinheiro e Teixeira Soares - em Teixeira Soares, na Rua Souza Naves, nº 279, anexo à nova rodoviária.

Texto: Karin Franco

Foto: Agência Estadual

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