19/08/2019
Quando vemos as imagens na televisão, em revistas e internet acreditamos que o ato de amamentar é algo simples. “Por que nem todas as mulheres amamentam se é tão simples?”, pensamos.
Mas a realidade é que o ato de amamentar pode trazer desafios. O leite pode demorar a descer, a boca do bebê pode não encaixar direito, o bebê pode não ter força para sugar e tantos outros problemas podem acontecer.
Esses problemas podem ser os responsáveis por apenas 39% dos bebês brasileiros de 0 a 5 meses se alimentarem exclusivamente do leite materno. Com as dificuldades e a perda de peso do bebê, as mães acabam buscando complementos para a alimentação do recém-nascido.
Muitos dos problemas podem ser vencidos se há o desejo e a dedicação da mãe. Técnicas são usadas para ajudar na produção de leite e também para o bebê aprender corretamente como ele precisa fazer a sucção.
Em Irati, o hospital Santa Casa possui profissionais prontos para receber a nova mamãe e ajudar no desafio da amamentação. Em outras cidades, as chamadas doulas pós-partos ajudam nos primeiros contatos com o bebê e a ensinar meios para que as mães possam vencer os medos da amamentação.
A realidade é que a amamentação não é tão simples como parece, e é um dos melhores alimentos para o bebê, já que é feito de acordo com as necessidades do recém-nascido.
Mas é importante também lembrar que, apesar de ter campanhas incentivando a amamentação exclusiva, não se pode demonizar quem não consegue. No momento em que uma mãe se disponibiliza a amamentar e sofre problemas com isso, ela precisa ser acolhida.
O acolhimento é o apoio, a mão estendida, é ouvir e tentar entender as necessidades e desejos dela. Esses atos podem ajuda-la a recomeçar o caminho da amamentação ou até mesmo aceitar a situação de uma melhor forma e buscar caminhos para a saúde do bebê.
Discriminar e recriminar quem não conseguiu amamentar não é o melhor caminho. Apoiar e oferecer conforto pode ajudar mais. Às vezes, a amamentação é possível. Às vezes, não, mesmo com as técnicas. E tudo bem. O que é importante é dar opções e caminhos para essa mãe, além do suporte, para ajudá-la a encontrar o melhor jeito de alimentar o seu bebê.