01/08/2019
O nascimento de um bebê é um momento especial na vida de qualquer pessoa, seja mãe ou pai. E durante a chegada deste processo muitas dúvidas surgem. Essas dúvidas podem ser esclarecidas durante o pré-natal que acompanha a evolução da gravidez e prepara a gestante para o momento do parto.
O ideal é que todas as mulheres grávidas pudessem ter essa possibilidade de ter um pré-natal para se sentirem confortáveis e seguras. Mas infelizmente, essa não é uma realidade para todas.
Quem utiliza o sistema público de saúde enfrenta a falta de médicos especialistas. Com muitas gestantes e poucos profissionais, a consulta do pré-natal acaba sendo mais um check-list sobre como está a saúde da gestante, e não uma conversa sobre as dúvidas e inseguranças da gestante.
São consultas rápidas, em que é difícil a formação de vínculo entre paciente e médico. Além disso, há o fato de que no sistema público, uma mesma gestante pode passar por vários médicos, restringindo ainda mais o vínculo de confiança. No dia do parto, a situação se complica já que não é o mesmo médico que realiza o parto, mas sim o plantonista. Sem informação e mal orientada, a gestante acaba não conseguindo confiar nas informações e desconfia da equipe.
Do outro lado, no sistema privado, é a situação econômica que pode falar mais alto, com a priorização da agenda do obstetra e do tempo da gestante no hospital ganhando destaque sobre a saúde da paciente e do bebê.
Óbvio que essas situações não são a regra geral, mas elas existem, e precisam ser vistas. Especialmente, porque são os próprios médicos que apontam que essas como algumas das causas para que a cesárea seja o principal meio pelo qual os brasileiros nascem.
Para a Organização Mundial de Saúde, o número elevado de cesáreas é preocupante já que a cesárea eletiva, sem indicação, pode trazer mais riscos de infecção e hemorragia. O Brasil é um dos que mais possui cesáreas, com 55%, perdendo apenas para a República Dominicana, com 56%. Em 2016, a média era de 25% na Europa e 32,8% nos Estados Unidos.
Os médicos apontam que a cesárea pode salvar vidas, mas somente quando necessária, e que o parto normal será sempre a melhor opção, especialmente quando a gravidez é tranquila e sem complicações.