04/07/2019
Os vereadores de Irati voltaram a discutir a implantação do serviço do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) no município. A discussão foi feita com base no Projeto nº 055/2019, que ratifica um Protocolo de Intenções assinado pelo prefeito de Irati, Jorge Derbli, que assinala o desejo do município para a obtenção do Samu. Vários prefeitos da região também assinaram o protocolo e a maioria deles já teve a aprovação das câmaras municipais para a instalação do Samu.
O Projeto nº 055/2019 foi lido na sessão da semana passada e iria entrar em 1ª votação nesta semana. No entanto, o vereador Hélio de Mello pediu vistas do projeto para que os custos de implantação sejam esclarecidos.
Implantação
No ano passado, foi assinado o protocolo de intenções, é uma demonstração do interesse do município em participar do Samu.
Para ter validade, o protocolo deve ser aprovado pelas Câmaras de Vereadores de cada município. Depois, os munícipios precisam se organizar em um consórcio, onde dividirão os custos da implantação.
Na proposta deste consórcio, Irati terá uma sede que possuirá uma UTI Móvel, mais uma ambulância com suporte básico, similar às que o munícipio já possui. Imbituva, Inácio Martins e Rio Azul também terão uma ambulância de suporte básico.
Após montar o consórcio, os munícipios passarão ainda por uma fase burocrática da habilitação, que pode demorar de três meses a um ano, e depois, passar ainda por uma fase de qualificação, quando o serviço já estará sendo oferecido na região.
Custos
A grande discussão em torno da implantação do Samu em Irati diz respeito ao custo que o serviço terá no município. No atual projeto, a sede em Irati será custeada pelo município, mas não há divulgação do valor para a construção do local. Irati também irá custear os primeiros meses da implantação do projeto, que receberá verbas estaduais e federais somente após a fase de habilitação.
O valor também é uma incógnita porque depende de quantos munícipios entrarão no consórcio. Pela proposta, a estimativa inicial era de que custassem a Irati R$120 mil mensais, baseado no custo mensal de R$2 por habitante. Entretanto, o valor pode aumentar ou diminuir.
Discussão
Todos os fatores têm sido discutidos pelos vereadores que têm reiterado, desde as discussões do ano passado, a preocupação com os custos. Uma reunião dos vereadores com a Secretaria de Saúde de Irati e o Corpo de Bombeiros chegou a ser realizada na tarde de terça-feira (25), para tentar esclarecer alguns pontos.
Contudo, na sessão da noite de terça-feira (25), antes de ser feito o pedido de vistas ao projeto, os vereadores voltaram a questionar o custo de implantação. O vereador Roni Surek adiantou que votaria favorável na 1ª votação, mas disse que continua preocupado com os custos. “Hoje declaro meu voto favorável, até porque é a primeira votação, temos mais uma semana para buscar mais informações. Quero ouvir o Executivo para ver se tem dinheiro em caixa, onde sairá o dinheiro, de que forma será pago para que possamos votar conscientes”, disse.
O vereador Rogério Kuhn também disse que votaria favorável, mas lembrou dos custos para implantação e que o funcionamento também depende dos outros municípios que estarão no consórcio. “Se pensarmos financeiramente talvez o município não tenha a capacidade imediata de bancar o projeto, porque no início não tem ajuda governamental. E esse é um grande problema que temos que pensar”, disse.
O vereador José Bodnar também se mostrou favorável e relembrou que além dos custos do consórcio, há o custo da sede. “Lembrando que ainda tem a base que será em Irati. Tem a construção da base que será feita em Irati, heliponto e tudo mais”, comentou.
Em seguida, o vereador Hélio de Mello pediu a palavra e perguntou de onde sairão os recursos para custear a parte de Irati, e se o município terá que pagar mais, se algum outro município desistir do processo. O vereador pediu vistas do projeto, dizendo que eram necessários mais esclarecimentos. Ele ainda relembrou que uma vez, durante outro mandato, já votou confiando nas palavras do Executivo. “Hoje não voto na palavra, e peço vistas do referido projeto”, disse.
O vereador Marcelo Rodrigues, líder do governo, disse que o pedido de vistas dará mais tempo para os vereadores analisarem. “Eu entendo que quando o prefeito envia um projeto a essa Casa, com certeza toda essa equipe, a estrutura da prefeitura, já fizeram um cálculo para ver a viabilidade para arcar com a questão de valores”, disse.
O pedido de vistas por cinco dias foi aprovado pelos vereadores e a discussão foi retomada na sessão desta terça-feira (02).
Mais informações sobre essa matéria na edição 1146, desta sexta-feira (05).
Texto: Da Redação/Hoje Centro Sul
Foto: Assessoria CMI