13/05/2019
A gravidez pode ser um momento muito especial para grande parte das mulheres. Muitas se surpreendem com o novo mundo que se abre diante de si.Para algumas mulheres o processo é tranquilo e sereno, mas para outras o processo pode ser desgastante. Especialmente quando há uma gravidez de risco.
Na região, a falta de infraestrutura faz com que algumas mulheres tenham que pegar a estrada para ter acesso ao atendimento necessário. É o caso de mulheres que residem em cidades como Inácio Martins e Imbituva, que precisam vir até Irati para ter as consultas e exames que não são oferecidos pelos municípios.
Quando a gravidez se complica, e o atendimento se torna ainda mais complexo, as gestantes precisam ir até Curitiba ou Campo Largo, onde podem ter seus bebês, especialmente quando há problemas de má-formação e o recém-nascido precisa de cuidados diferenciados.
Além da questão da infraestrutura, outros problemas sociais interferem na gravidez de risco. Um deles é traduzido pela sífilis. A doença, que tem aumentado nos últimos anos, pode ser evitada com o uso da camisinha. Ela também possui cura através da penicilina. No entanto, há gravidas que acabam não só adquirindo a doença, como tendo ela mais de uma vez durante a gestação.
O motivo é simples: o parceiro não realizou o tratamento porque não quis e também não usa camisinha, por achar que não precisa, já que vê a camisinha apenas como um método anticoncepcional. O resultado é que mesmo a gestante tendo passado por um tratamento e se curado, ela volta a ser contaminada. E isso prejudica o bebê, que pode ter má-formação e ser contaminado.
Por isso, no atendimento secundário, uma equipe multiprofissional está envolvida, analisando não somente a gravidez por si só, mas também a vida dessa mulher e o que pode ser feito para que ela consiga passar pelo desafio de uma gravidez de risco da uma forma mais tranquila possível.
O atendimento tem sido feito a essas gestantes, mas a infraestrutura e situações sociais ainda são alguns dos pontos desafiantes no processo de se tornar mãe. Não é demonizar. A discussão desses desafios ajuda a melhorar o atendimento a essas mulheres, mas também a trazer uma maternidade real.
Cada experiência é única para cada mulher. Seus desafios e suas dificuldades. Suas alegrias e felicidades. Tudo está interligado e tudo diz a respeito do que é ser mãe. Resta à sociedade compreender melhor este papel e tornar mais agradável o caminho para as futuras mamães.