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Produção de energia solar gera desconto na conta de luz

Residências que produzem energia solar e estão conectadas à rede de energia elétrica podem ter descontos na conta de luz. Desconto ocorre com excedente produzido e que foi jogado na rede elétrica.

08/11/2018

Produção de energia solar gera desconto na conta de luz

Já imaginou consumir energia elétrica produzida por você, de uma forma limpa e renovável, e ainda ter a possibilidade de receber descontos na conta de luz? Pois essa é uma realidade de muitos brasileiros que aderiram à instalação de placas de energia solar em suas residências, uma forma de contribuir com o meio ambiente e também ajudar na geração de energia.

As placas instaladas são chamadas de placas fotovoltaicas e geram energia que é depois convertida à energia elétrica consumida nas residências. “São placas que ficam em cima do telhado. Elas captam energia solar, mandando para a residência. Antes disso, ela passa por uma caixa de proteção e um inversor que transforma energia em 220 volts e 110 volts”, explica Sidney Taborda, sócio proprietário da Climadek, empresa que realiza instalação e venda de painéis de energia solar.

O desconto na conta de luz é possibilitado pelo excedido produzido, ocorrido quando a energia produzida não é totalmente consumida pela residência. O desconto acontece quando a residência que produz energia solar está ligada na rede elétrica. O excedido é convertido em créditos, onde o desconto é baseado. “O sistema é homologado com a Copel, no caso o sistema on-grid onde toda a energia que é gerada a mais é enviada para a rede da Copel e o que não gera durante a noite, nós recebemos da Copel. Fica um equilíbrio no caso. Tem o sistema off-grid, que é com bateria, que independe da Copel, mas tem o risco de faltar energia” explica Nicolas Taborda, também sócio proprietário da Climadek.

Sidnei instalou dez placas de energia solar em sua empresa para demonstrar como funciona o sistema aos clientes. Atualmente, praticamente toda a energia consumida pelo estabelecimento comercial vem da energia solar. “Durante o dia, tendo o sol, nós nos mantemos e jogamos o excedente para a rede da Copel. Esse excedente vamos usar em dias nublados, onde não tenha muito sol e durante a noite”, relata.

Economia

Uma das vantagens diretas da instalação é a economia gerada. “Consegue economizar até 95%. Se deseja colocar com a Copel, no sistema on-grid, que é o mais comum, tem que pagar a taxa mínima de conexão da Copel. Se for monofásico é 30 kW, bifásico 50 kW e trifásico 100 kW. Isso vai dependendo em cada residência. Uma conta de luz que era R$ 300 reais, fica só 30kW, com o imposto, dá uns R$ 30”, comenta Nicolas.

Sidnei conta que a instalação gerou economia na conta de luz. “A nossa conta que era de R$400, hoje nós estamos pagando perto de R$120”, disse. Em residências bifásicas, a conta pode chegar a R$ 70.

Outra economia é na duração dos painéis que tem uma espécie de validade de até 30 anos. “O retorno do investimento é de cinco anos e a vida útil do sistema é de 20 a 30 anos”, explica Nicolas. “Ela começa em 100% em 30 anos vai gerar 80% da capacidade dela”, explica Sidnei. A única recomendação é que se troque após chegar a esse período.

Crédito

O crédito é calculado em um relógio fornecido pela Copel que contabiliza o que a residência produziu e o que ela consumiu. “É um relógio biredicional, no caso contabiliza quanto consumiu de energia da rede, quanto você jogou de energia para a rede. A partir da vistoria eles fazem a troca do relógio, para ver se número de série do conversor, número de placa, potência instalada. No final de todo o mês eles mandam um relatório de quanto gerou energia na rede pra você ter um controle”, explica Nicolau.

Esse crédito gerado tem uma validade e não há possibilidade de venda do crédito. No entanto, é possível transferir a energia também para outro imóvel, desde que esteja no mesmo CPF ou CNPJ. “Essa energia pode deixar armazenada na Copel por cinco anos ou você querer adicionar uma unidade consumidora beneficiada, no escritório, no comércio, numa loja, pra outra casa”, conta Nicolau.

Há ainda um sistema no qual é possível acompanhar a geração de energia ao longo dos dias, verificando a produção. O sistema utilizado na Climadek mostra que mesmo em dias nublados, há ainda picos de produção de 20kWh.

Financiamento

O Brasil é um dos países com maiores potenciais de gerar energia solar. No entanto, ainda poucos imóveis usam deste tipo de geração de energia. Uma das dificuldades é o custo elevado dos painéis.

Para modificar esse cenário, diversos bancos tem criado linhas de créditos variadas para o financiamento da instalação. Bancos como Banco do Brasil, Sicoob, Sicredi, Santander e BNDES são alguns que oferecem essa opção. “De repente a pessoa que paga R$300, R$400 de energia por mês, vai deixar de pagar essa energia e com esse dinheiro vai pagar o financiamento. Em quatro, cinco anos você pagou o financiamento e está praticamente quase isento de energia”, explica Sidnei.

O que deve ajudar no aumento é a adesão do Paraná ao Convênio 16/15 do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que permite que sistemas de geração distribuída, como é o caso dos sistemas solares fotovoltaicos, fiquem isentos do pagamento do ICMS sobre o excedente de energia elétrica gerada. Isso significa que o usuário pagará imposto somente em cima do que receber da concessionária local, e não mais em cima do era gerado de energia e enviado para a rede elétrica. No estado, segundo lei sancionada nesta ano, a isenção valerá por 48 meses.

 

Como é gerada energia solar?

Os painéis fotovoltaicos possuem as chamadas células fotovoltaica. Ao atingir uma placa, a luz solar atinge uma célula voltaica que por sua vez produzirá uma pequena corrente elétrica. É então que a corrente é coletada e transferida.

No caso das placas solares em uma residência, a corrente elétrica precisa passar antes por uma espécie de inversor que transformará a energia das placas, que está em corrente contínua, para a corrente alternada. A energia ainda passará por uma string box, que protegerá acidentes elétricos, como curto-circuitos, antes de abastecer a residência ou ir para a rede elétrica normal.

Texto: Karin Franco

Fotos: 1 - Divulgação, 

2,3 - Karin Franco/Hoje Centro Sul

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