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Vandalismo a patrimônio público diminui na região

Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro não tiveram registros neste ano. Já Irati e Rebouças figuram como os municípios com mais registros

31/10/2018

Vandalismo a patrimônio público diminui na região

Apesar de municípios da região terem registrados casos de vandalismo a patrimônio público recentemente, o registro dessas ocorrências estão diminuindo. Um exemplo é Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro que reduziram a zero os casos de vandalismo em patrimônio público neste ano. O dado é de um levantamento feito pela equipe do jornal Hoje Centro Sul, com ocorrências registradas pela 8ª Companhia Independente da Polícia Militar e pela Guarda Municipal de Irati.
O levantamento ainda mostrou que os casos na região diminuíram 24%. Ao todo, no ano passado, foram 103 ocorrências registradas pelas duas instituições. Já neste ano, até outubro, o número caiu para 78 ocorrências. 
Os municípios da região, onde o atendimento é feito pela 8ª CIPM, mostram que mais de 50% de ocorrências diminuíram. Ao todo, em 2017, foram 49 ocorrências e neste ano, até o momento, apenas 23 ocorrências foram registradas. Esse número é referente aos municípios de Inácio Martins, Rebouças, Rio Azul, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Guamiranga, Ivaí e Ipiranga.
Apesar da diminuição, municípios como Irati e Rebouças aparecem como os que mais registraram casos neste ano. Em Rebouças, houve aumento das ocorrências. No ano passado, a 8ª CIPM registrou 8 casos e neste ano, foram 12 casos.
Em Irati, onde os casos são atendidos pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, o número de vandalismo apresentou diminuição. Ao todo, as instituições possuem 54 ocorrências em 2017 e baixam para 45 ocorrências em 2018. Porém, números isolados da Guarda Municipal demonstram que há uma leve tendência de crescimento. O levantamento, de mês a mês, da Guarda Municipal mostra que durante o mesmo período do ano passado foram registrados menos ocorrências do que o mesmo período deste ano em Irati. De janeiro a outubro de 2017 foram 32 ocorrências. Já em 2017, o número sobe para 37 casos.
Combate
A oficial da 8ª CIPM, tenente Gisleia Ferreira, explica que a Polícia Militar tem feito diferentes ações para combater o vandalismo a patrimônio público. Uma delas é patrulhamento de forma a prevenir essas ações. “Preventivamente, por meio de patrulhamentos em todos os órgãos públicos, e em especial em Irati, a Guarda Municipal faz esse patrulhamento preventivo nos órgãos públicos municipais, e a PM faz nos demais órgãos. Também há o apoio da Patrulha Escolar, em patrulhar as escolas públicas estaduais”, explica.
No patrulhamento, os policiais se revezam. “Os policiais desenvolvem seu patrulhamento com o apoio de um cartão-programa, que é planejado de acordo com locais que mais necessitem da presença policial, devido serem áreas de risco. No decorrer do dia, os policiais irão deslocar em patrulhamento ou ainda, em alguns locais descem da viatura e ficam em permanência, agindo preventivamente”, detalha.
A Polícia Militar ainda atua de forma repressiva contra essas ocorrências. “Já na área repressiva, os policiais agem quando encontram um ato de dano, em flagrante, ou seja, está acontecendo ou acabou de acontecer e o autor é detido, e ainda quando é acionado via 190 ou por acionamento direto, que é quando o cidadão solicita o apoio diretamente ao policial de serviço, quando a viatura está passando em frente ao seu comércio ou residência. A prisão do autor ou autores é realizada por policiais e então são encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante Delito”, comenta.
 

Quem comete

A tenente explica que muitos que realizam este tipo de ato são pessoas que não racionalizam que o espaço é de todos e também é seu. “Observamos que os autores destes crimes são pessoas relativamente jovens, ainda nem tem emprego fixo, não tem família constituída, ou seja, são imaturos. Porém, não quer dizer que a responsabilidade pelo dano causado não lhes recaia, ou ainda, recaia sobre seus pais, caso os autores sejam adolescentes”, explica.
Ela ainda destaca que em alguns casos muitos estão sob o efeito de algum entorpecente. “Em alguns casos, o detido está embriagado ou sob o uso de drogas, e então não aceita a detenção, que pode ter sido por ter cometido crimes diversos, e que então ao entrar na viatura começa a desferir chutes e a quebrar este veículo, que é público, utilizado para o policiamento ostensivo. Para estes casos, são abertos inquéritos técnicos, internamente na Polícia Militar, e também inquérito pela Polícia Civil, e após a conclusão, se verificado que, o detido agiu com dolo de danificar a viatura, é feito orçamento e encaminhado o valor a ele, para que possa consertar o dano, judicialmente ou por termo de acordo”, relata.
A tenente ainda ressalta que os autores podem ser punidos. “Existe inquérito policial, que se transforma em processo criminal, em que também são verificados os valores do dano, sendo o autor obrigado a pagar estes danos”, disse.
 

Prevenção

A prevenção é uma das maneiras apontadas para que os casos diminuam ainda mais. A tenente destaca que o trabalho de prevenção precisa vir da família, principalmente. “Existe a necessidade de conscientização e educação das pessoas. E começaria desde a mais tenra infância, a respeitar o patrimônio comum, que seriam as escolas, as igrejas, os hospitais, as praças e parques, etc. A educação deve vir de casa, com os pais ensinando o que é certo e o que é errado a seus filhos, conscientizando-os que patrimônio público é para ser preservado, pois é um bem para uso de todos, que servem para embelezar o local, ou ainda, são essenciais para a população, como são o caso das escolas e postos de saúde. Quem sofre as consequências é a própria população”, destaca.
Ela ainda ressalta que a sociedade tem um papel na prevenção dos atos. “Deve haver consciência coletiva quanto à preservação do bem público. E depois, a vigilância para que estes bens não sejam depredados também deve ser de todos. Mesmo que você não more naquelas proximidades, mas ao passar por um local, que verifique estar sendo danificado, é obrigação sua acionar os órgãos responsáveis”, disse.

Quem acionar em caso de vandalismo?


A Guarda Municipal e a Polícia Militar atuam nestes casos. “Na cidade de Irati, pode acionar tanto a Polícia Militar, quando o dano for em órgãos estaduais e federais, e a Guarda Municipal de Irati quando for em órgãos municipais. Quanto aos demais municípios da região, nenhum deles tem Guarda Municipal para atuar nos órgãos municipais, então a Polícia Militar atua em qualquer situação de dano público, quando acionada, ou quando verifica a situação pessoalmente”, explica a tenente.

Texto: Karin Franco

Foto: Divulgação/GMI

 

 

 

 

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