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Urnas são auditadas em Irati

Representantes do PSL e do PT participaram da auditoria que atestou a confiabilidade das urnas

26/10/2018

Urnas são auditadas em Irati

As urnas que serão utilizadas em Irati e Inácio Martins na eleição do próximo domingo (28) foram lacradas na tarde desta segunda-feira (22). Uma cerimônia também marcou a realização de auditoria que comprovou o funcionamento correto das urnas.

Após serem lacradas, três urnas foram escolhidas de forma aleatória para que passassem pelo teste. Mário Cordeiro, representante do Partido Social Liberal (PSL), e Adevino Leite, representante do Partido dos Trabalhadores (PT) participaram da auditoria. Ainda representaram a imprensa na auditoria Ciro Ivatiuk, do Jornal Hoje Centro Sul, e Paulo Sava, da Rádio Najuá. A auditoria foi realizada com o chefe do Cartório Eleitoral de Irati, Dirceu Wrobel Junior, e acompanhada pela juíza da 34ª Zona Eleitoral, Mitzy de Lima Santos.
Durante o teste, os representantes do partido puderam votar nos candidatos a presidente, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), e confirmar o funcionamento correto das urnas. Além disso, fizeram votos em branco e nulo. “É importante a população saber que o Fórum Eleitoral está apresentando uma coisa importante no nosso município, mostrando que as urnas estão inteiramente certas, corretas. Existe muita fake news dizendo que as urnas são violáveis. Felizmente, dá para ver que é importante mostrar para a população o quanto é legítimo o voto nas urnas eletrônicas”, disse Mário Cordeiro, do PSL. “Nós do Partido dos Trabalhadores confiamos extremamente na qualidade do material, confiamos totalmente na inviolabilidade dessas urnas e a qualidade da campanha eleitoral e da votação. Nós confiamos totalmente”, comentou Adevino Leite, do PT.
A juíza da 34ª Zona Eleitoral, Mitzy de Lima Santos, ressaltou que as urnas já passaram por auditoria em Curitiba e a nova auditoria realizada em Irati reafirma a segurança delas. “Nós fizemos só um proforma, porque na verdade a urna eletrônica é segura. A população pode se aquietar em relação a isso, porque faz 22 anos que nós estamos votando em urna eletrônica e nunca teve nenhum incidente, sempre foi da mesma forma. Então, nós fizemos essa auditoria com a intenção de tranquilizar a população, e eles ficarem certos de que a urna é inviolável. Podem pensar: ‘Mas hacker e esse tipo de coisa?’. Não, porque que ela não é ligada em rede, então não corre esse risco. Como vocês viram, nós escolhemos aleatoriamente as urnas e não houve problema nenhum. E não haverá dessa vez também”, afirma.
 

Urnas

Além de passar por auditoria, as urnas foram carregadas e lacradas com as informações de cada seção. Nesta etapa, funcionários do Cartório Eleitoral carregam as informações dos eleitores em cada mídia, que depois é plugada na urna eletrônica. Cada mídia possui apenas os eleitores cadastrados em uma determinada seção, ou seja, cada urna de cada seção possui em sua memória apenas os eleitores desta determinada seção. Por isso, o eleitor consegue votar apenas na urna da seção em que está registrado. Em outra seção – onde não está registrado – a urna não possui o registro do título de eleitor e não permitirá que o eleitor vote.
Após esta etapa, os funcionários colocam a mídia com as informações dos eleitores em cada urna. Uma chave irá liberar uma espécie de porta de plástico colocada para proteger a mídia com as informações. Uma vez a mídia sendo colocada e a porta de plástico sendo fechada, o funcionário coloca um lacre feito pela Casa da Moeda. Esse lacre só poderá ser rompido após o final do período de votação. Caso haja algum problema com o lacre, o mesário deverá informar a Justiça Eleitoral.
Após serem lacradas, as urnas são armazenadas. “No sábado, elas vão ser encaminhadas para o local de votação, tanto aqui de Irati, como de Inácio Martins. Elas ficam armazenadas aqui no Fórum Eleitoral, não ficam em contato com o público, ficam dentro do depósito adequado para elas. E vão para o local de votação e só vão funcionar no domingo a partir das 8 horas da manhã”, relata o chefe do Cartório Eleitoral.
Ao fim da votação, o mesário responsável irá romper o lacre e usar a chave para retirar a mídia com as informações dos eleitores e seus devidos votos. Essa mídia é enviada ao Cartório Eleitoral que realiza a transmissão dos dados para um sistema da Justiça Eleitoral. A transmissão dos dados é realizada em uma conexão segura, similar ao que o sistema bancário utiliza. As urnas eletrônicas são levadas ao Cartório Eleitoral após o envio das mídias eletrônicas.
Dirceu explica que um problema comum é na finalização do processo, já que o mesário responsável precisa finalizar o procedimento na urna com um código criptografado, digitado antes de retirar a mídia eletrônica. “Por exemplo, o mesário não encerre corretamente a urna lá [no local de votação]. A hora que chegar aqui para fazer a leitura e a transmissão para o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] não vai passar porque ele tem a chave criptográfica que ele faz e ele não vai dar certo essa chave. Então, eu preciso que a urna chegue aqui para que eu entre, coloque o pen drive e às vezes é questão só de finalizar”, disse.
 

Zerésima

Os mesários também são responsáveis por emitir a zerésima, que atesta que a urna não tem nenhum voto registrado antes do período de votação. Dirceu explica que essa é uma das garantias no dia da votação. “As zerésimas contêm uma lista com todos os candidatos, que agora no segundo turno são só dois candidatos. Essas zerésima vai ter ali a comprovação que não tem nenhum voto dentro da urna, além disso a quantidade de votos, se você somar no final do dia, somados nulos, brancos e votos válidos, vai bater com a quantidade de leitores que fizeram a votação que foram registrados”, comenta.
O chefe do Cartório Eleitoral ainda reitera que a urna só registrará voto no dia da votação. “Ela não funciona, não admite nenhum tipo de voto antes das 8 horas da manhã do domingo”, relata.
 

Processos

A juíza comentou também sobre alguns relatos de falhas que ocorreram durante o 1º turno. “Não houve esse tipo de problema, as urnas foram auditadas em Curitiba, foi um período de 12 horas das urnas auditadas, e em todos os casos, para nos prevenir, nós montamos os processos dessas três pessoas. Uma delas tinha o título cancelado porque não tinha feito a biometria, e só uma na verdade que disse que não votou para presidente. Nós encaminhamos esses processos para Curitiba”, afirmou.

Texto: Karin Franco

Fotos: Jonas Stefanechen/Hoje Centro Sul

 

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