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Erasto em Irati: Conheça os reflexos na saúde da região em quase um ano da atuação

25/10/2018

Erasto em Irati: Conheça os reflexos na saúde da região em quase um ano da atuação

No dia 27 de outubro de 2017, foi inaugurada em Irati a Unidade Avançada do Erasto Gaertner. Conhecida popularmente como o Erasto de Irati, a unidade completa na próxima semana um ano de atendimento.
A unidade em Irati realiza ainda somente alguns procedimentos, como consultas, quimioterapias, curativos e atendimentos ambulatoriais. Mesmo assim, os atendimentos cresceram e o espaço onde está localizada a unidade está se tornando pequeno. Profissionais e pacientes contam sobre as mudanças nesse um ano de atendimento e os planos para expandir os serviços.
 

Mais de 800 novos casos atendidos e 3 mil viagens a menos para Curitiba

Há dois meses, Dulce Gonçalves Batista, 58 anos, recebia o diagnóstico que estava com câncer de mama, devido a um tumor na mama esquerda. “Eu fiz uma consulta com a minha ginecologista. Há algum tempo eu percebia que tinha, mas nós nunca pensamos que vai ser o pior. Eu sempre tive muito cistos nas duas mamas e eu achei que talvez fosse um deles. Mas ela percebeu, no toque, que estava meio suspeito. Aí já me mandou para mamografia”, conta.
O caso de Dulce é um dos 876 casos novos diagnosticados neste período de um ano e atendidos pelo Erasto de Irati. Segundo a enfermeira supervisora Daniela Raffo, a estimativa é que pacientes da 4ª Regional de Saúde deixaram de fazer cerca de 3 mil viagens com a unidade de Irati. “Não é só a consulta. É a consulta, a quimio, alguns procedimentos que envolvem a quimioterapia, manutenção de cateter, entrega de medicamento. O paciente tinha que ir até Curitiba pegar um medicamento”, relata.
Dulce diz que sentiu a diferença com a unidade na região. Ela conta que após a biópsia e o diagnóstico, começou em pouco tempo o tratamento em Irati. “Dia 17 de setembro já estava fazendo a primeira quimio. Não deu 30 dias para fazer o primeiro passo”, relata.
A possibilidade de fazer o tratamento perto de casa é um dos principais benefícios citados. “Nós somos privilegiados porque não precisamos ir para Curitiba. Eu sei que lá todos atendem muito bem, se você esperar o médico te atende, nunca ninguém vai voltar sem ser atendido. Mas digo assim, é um processo mais cansativo, trabalhoso. Aqui é muito mais acelerado. Está em casa. Quando a gente sai daqui, a gente não sai muito... sai com um pouquinho de enjoo, então já vamos para casa, já ficamos em casa”, comenta Dulce.
O atendimento dos pacientes no interior também é destacado pelo superintendente do hospital Erasto Gaertner de Curitiba, Adriano Lago, que ressalta a importância de adaptar o atendimento à cultura do paciente. “Eu posso falar que eu vi um paciente que veio fazer tratamento de bicicleta, isso é impagável! Às vezes você fala para o paciente: ‘Você vai sair de Rebouças para ir para Curitiba’. Se você falar pra ele: ‘Você vai ir num shopping, ir numa churrascaria’, ele não quer ir. É um ambiente fora dele, cidade grande, ele não quer ver pessoas. Não é a cultura dele, não é o estilo de comer dele. Agora imagine você falar que ele vai fugir de tudo isso [sua própria cultura] contra a vontade dele, porque se não ele vai morrer. Então, é você trazer um ambiente dele, não só a distância”, disse.
Ele explica que essa adaptação ajuda para que o paciente aceite o tratamento, uma das maiores dificuldades na área da oncologia. Um levantamento feito pela equipe do Erasto de Irati traçou o perfil do paciente que é atendido na região. A idade média atendida é de pacientes entre 50 e 60 anos, no entanto, em casos de câncer de próstata, a idade pode subir para 70 anos.
De acordo com Adriano, é esse paciente mais idoso que precisa de uma atenção maior para seguir com o tratamento. Com parte do tratamento sendo realizado aqui no interior, a família consegue auxiliar e ajudar na adesão ao tratamento. “Essa aproximação da família é algo extremamente diferente do comportamento que temos em Curitiba, isso é um grande diferencial e é por isso que queremos sempre aumentar ainda mais e mais, para poder ter isso mais forte, com uma marca registrada para Irati”, conta.
Com quase um ano de atendimento em Irati, o superintendente afirma que o número alto é preocupante e triste, mas que o projeto em Irati ajudou a dar uma opção de atendimento a quem precisa. “Começamos tímidos, de uma maneira experimental, fazendo uma única infusão num primeiro sábado, para tentar testar todos os processos, para tentar estimar que o erro estivesse a quase zero. Passados esses 12 meses, neste mês de outubro provavelmente vamos superar as 100 quimioterapias em um mês. É muita coisa”, destaca.
Otimista, Dulce conta que segue no seu tratamento e busca através da fé forças para continuar lutando. “Todo o tratamento, toda doença, depende muito da forma que você encara. Se você encara como um desafio, você vai superar e o resultado vai ser melhor. Porque é claro que vai ter os altos e baixos. Como a medicação é forte, às vezes, dá aquela baixadinha, mas você tem que estar preparada. Mesmo que as nuvens estejam escuras, o sol continua brilhando”, diz sorridente.

Instalação do Erasto ajudou na prevenção

Mais do que mais uma opção para o tratamento de câncer, a chegada do Erasto em Irati também possibilitou com que o trabalho de prevenção estivesse mais perto da população.
Daniele conta que o simples anúncio da inauguração do Erasto fez com que pacientes buscassem mais formas de se prevenir e até mesmo descobrir a doença a tempo de realizar um tratamento. “Uma paciente me contou que desde que o Erasto chegou aqui, ela nunca tinha feito o autoexame. Ela ouvia falar que o Erasto estava aqui, e pensou: ‘Eu vou fazer’. Fez um dia e sentiu um carocinho pequenininho. Daqui a pouco maior. [...] E ela está fazendo tratamento. Já fez todas as quimios vermelhas e vai para cirurgia”, disse.
Outro relato aconteceu durante a campanha de câncer bucal realizada no ano passado, logo após a inauguração. A campanha consistiu em testes rápidos, feitos em locais públicos de fácil acesso. “Foram diagnosticados pacientes que pegamos na rua. De 198, quatro pacientes foram diagnosticados. A gente chamou: ‘Vem aqui, é só um minutinho’. Ou seja, se não tivesse isso, esses quatro pacientes, não podemos dizer qual seria o desfecho, mas conseguimos resgatar”, destaca.
É focando nesse lado que um dos planejamentos para os próximos anos em Irati, é de construir uma unidade de prevenção, para acompanhar pacientes que possuem alguma predominância de câncer. “É um fluxo diferente, são pacientes que não tem câncer, mas que serão avaliados periodicamente, mensal, semestral, anual, de acordo com seu critério, para que ele não tenha câncer”, explica Adriano.
De acordo com Daniela, a prevenção é importante porque ajuda a levar a um diagnóstico precoce, e consequentemente, ajuda no tratamento. “O diagnóstico precoce é a melhor forma de conseguir um desfecho melhor no tratamento da quimioterapia. Quanto antes você descobre a doença, menos células foram mutadas, menos órgãos foram atingidos, então isso é o principal, descobrir no começo a doença”, afirma.
 

Pesquisa


Um passo distante, mas importante para o entendimento do que ocorre nos municípios do Centro Sul, a pesquisa sobre o câncer na região é um dos pontos que são estudados pelo Erasto de Irati.
Atualmente, a unidade apenas realizou um levantamento do que foi atendido neste ano. O objetivo é verificar qual a incidência de câncer na região. Dados preliminares mostram que as doenças mais atendidas são os cânceres de mama, próstata, pele e câncer de boca.
Daniele alerta que este é apenas um levantamento dos atendimentos e que ainda não é possível afirmar o que tem causado o grande número de atendimentos. “Ainda não conseguimos responder por que estamos ainda fazendo um levantamento, precisamos ir mais a fundo, tem que estudar o porquê desse câncer. Muitas pessoas falam em agrotóxico e plantio de fumo, nós ainda não temos uma resposta sobre isso”, disse.
O superintendente destacou que é necessário ter cautela. “Quando se fala em pesquisa tem que tomar um pouco de cuidado, porque a medicina é trabalhada em evidências, então fatos, relatos, casuísticas, não são pesquisa, mas uma pesquisa é desenvolvida após relatos , fatos, casuísticas com uma devida pergunta. Estamos na fase de quantificar todos que vieram aqui, quantos seguem tratamento. O que temos hoje é um levantamento de dados e informes que podem sinalizar e ser um instrumento inicial para um pesquisador desenvolver uma pesquisa. Infelizmente todas as pesquisas demoram e têm que estar ligadas a fatos, a comprovações, quando damos uma alta para o paciente, acompanhamos cinco anos ele, 60 meses para saber se aquilo deu certo”, explica.
Apesar de ser ainda algo distante, Adriano ressalta que este levantamento é apenas o começo. “É demorado. Você demora para construir a pesquisa, ter o dado. O resultado você vai ter só lá na frente, que vai ter esse impacto. Parece distante da gente, mas se não começar agora, esse distante fica cada vez mais distante. Então, o Erasto está nesta fase”, disse.
 

X-Solidário supera expectativas e arrecada mais de R$87 mil

O Grupo Ivasko realiza desde 2010 uma campanha que busca incentivar a comunidade a adquirir sanduíches para ajudar uma causa social: o X-Solidário. O auxílio para o atendimento de pacientes com câncer motivou vários anos da campanha, que em 2018 teve um objetivo maior e mais ousado: dar o pontapé inicial para a construção do Hospital Erasto Gaertner em Irati. 
Neste ano, a campanha alcançou valores surpreendentes: R$87.811,00 foram arrecadados com a venda do X-Solidário, que envolveu a comunidade de toda a região. “Foi um ano maravilhoso. Foi uma campanha desafiadora, porque queremos entregar um resultado melhor que o ano anterior. Nos preparamos para isso e teve várias frentes de venda. Isso nos ajudou muito. É com grande alegria que entregamos esse resultado “, diz a diretora do grupo Ivasko, Edna Ivasko.
Na comparação com as campanhas anteriores, a de 2018 foi bem maior. “Superou muito. Nós conseguimos entregar um número mais que o dobro que a campanha anterior, e isso realmente foi um grande sucesso com a nossa grande equipe e com a adesão dos municípios de Rebouças, Rio Azul e outras cidades que adquiriram o lanche e as empresas que também compraram a ideia”, disse.
Edna cita que a cada ano a campanha torna-se mais conhecida e envolve mais as pessoas. “A campanha está ganhando corpo e ela está mais fácil, em alguns sentidos de ser feita, porque as pessoas já entendem a campanha, já entendem o motivo e aí fica mais fácil de vender o lanche, fica mais fácil das pessoas colaborarem e entenderem a ideia”, explica.
O Grupo Ivasko já tem planos para a campanha do próximo ano. “Estamos muito animados e isso nós dá muita esperança, muita vontade de seguir adiante com o projeto e buscar superar esse número. Sabemos que é bastante, mas acredito que o sonho é grande, então precisamos sonhar grande para alcançar o objetivo”, planeja Edna.
Edna aproveitou para destacar que esse é apenas o começo de uma luta para que o hospital seja construído. “Para construir um hospital, precisa vários milhões para que isso aconteça, mas eu acredito que a comunidade está fazendo a sua parte e junto somando às outras forças governamentais a gente vai ter o nosso hospital o mais rápido que a gente imagina”, diz. 
Daniela Raffo comenta sobre a doação. “Eu falo em nome do Erasto e também dos pacientes, recebemos com muita emoção, porque quem está ali no dia a dia como eu, trabalhando, como a nossa equipe, com os pacientes que vêm de longe, temos pacientes de Inácio, de Imbituva, enfim, dos nove municípios. Nós que estamos ali, vemos o quanto isso é gratificante, o quanto está fazendo diferença no tratamento dos pacientes. A alegria deles estarem aqui conosco, perto da sua casa. Sai e rapidamente está em casa. Esse valor arrecadado para o projeto do hospital é muito emocionante. Nós sentimos muita gratidão e só vem a melhorar”, agradeceu Daniela. 
A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) trabalhou ativamente nas vendas do X- Solidário. “Nós vendemos praticamente R$ 29 mil de sanduíches a R$ 9 cada sanduíche. É bastante”, revela Ieda Waydzik, presidente da RFCC. 
Neste ano, 10% do dinheiro arrecadado foi destinado à Associação Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (Anapci), que faz o atendimento social a pacientes com câncer. Foram R$ 13.171,65 para a Anapci. Para o Erasto Gaertner foram destinados R$ 74.639,35, recursos que serão utilizados para o custeio do projeto completo do hospital. A estimativa é que o projeto esteja pronto já no próximo ano. 
 

A busca por um hospital


Quando a unidade do Erasto foi criada em Irati, a expectativa era de realizar 180 atendimentos mensais. No entanto, o número é bem maior hoje e a unidade, instalada na antiga sede da Anapci, já possui mais de três mil atendimentos, entre casos novos e antigos. “Vemos que em menos de um ano, nós começamos com a quimio só na segunda-feira e hoje já fazemos segunda, terça e quarta. É provável que em alguns dias comecemos na quinta-feira também. Isso significa que em menos de um ano, o projeto já aumentou e muito do que foi planejado”, explica Daniela Raffo.
Com a grande demanda de atendimentos, o espaço está ficando pequeno. Para sanar 100% da demanda de pacientes em tratamento na região é necessária a construção de um hospital. “Já estamos diminuindo muito as viagens à Curitiba, mas com a construção do hospital conseguimos resolver. Eu já posso dizer que pode ser realizado tudo por aqui. Hoje eu já consigo a consulta, a quimioterapia, exames de laboratório, enfim, atendimentos relacionados à quimioterapia. Com a construção do hospital, podemos passar a ter a radioterapia, que faz parte do tratamento oncológico, a cirurgia, a UTI e exames de imagem. Conseguimos resolver tudo aqui na região”, explicou Daniela.
Ieda Waydzik, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, também destaca a mudança de espaço. “Precisamos trabalhar com outras forças, precisamos trabalhar de outra forma para conseguir o hospital completo para que os nossos pacientes consigam ter todos os atendimentos que eles necessitam e que eles merecem, então é esse o nosso trabalho”, disse.
No entanto, a busca por um hospital deverá ser uma longa caminhada. “O hospital é um sonho e uma obra muito importante. Para construirmos um hospital é cerca de R$40 milhões, R$50 milhões e isso não conseguimos da noite para o dia”, destaca.
Uma parte da busca já foi realizada. Antes de assumir como prefeito, Jorge Derbli já havia se comprometido a doar um terreno no Riozinho para instalar a sede do hospital. No entanto, Ieda esclarece que ainda é necessário realizar um estudo e o projeto da obra. “Nós já temos o terreno, que já é um grande passo, e nós temos um esboço do projeto. Agora precisamos fazer o estudo de viabilidade e o projeto completo do hospital, o que custa um bocado de dinheiro”, explica.
O valor arrecadado pelo grupo Ivasko na campanha deste ano fará parte do parcelamento para custear todo o projeto de instalação do hospital. “Vamos ter uma batalha árdua pela frente, não se constrói em pouco tempo. Imaginamos entre cinco a oito anos”, diz.
Ieda salienta que a população que colaborou não verá resultados físicos ainda nos primeiros anos. “É preciso que a população entenda que isso vai ser em longo prazo. Primeiro, nós vamos ter o projeto. Com esse projeto, nós vamos arrecadar recursos de emendas de deputados, dinheiro do município, dinheiro estadual, federal para poder começar as obras naquele espaço. Isso é uma caminhada, então não desanimem. É só o primeiro passo. É só o começo. Nós vamos continuar pedindo bastante. Tem gente que não pode me ver, já vem a mulher pedir de novo, mas eu não estou pedindo para mim, eu estou pedindo para ajudar as pessoas, ajudar os nossos paciente que tanto precisam”, fala.
Contudo, enquanto o hospital definitivo não está pronto, a unidade em Irati busca soluções para ampliar serviços e atender os pacientes de uma melhor forma.
Uma das possibilidades estudadas é de transferir o Erasto de Irati para o prédio da UPA da Vila São João. A transferência ainda não foi acertada, e o hospital Erasto Gaertner ainda estuda se aceitará a proposta e como aplicará em Irati.
Nesse meio tempo, o superintendente do Erasto Gaertner, Adriano Lago, conta que a unidade busca expandir atendimentos ainda no mesmo local em se encontra. Um deles é oferecer dentro de 90 dias uma possibilidade de atendimento multiprofissional. 
Nesse atendimento, o paciente conseguiria realizar diversas consultas em um dia com diferentes profissionais que o acompanham durante o tratamento. Adriano reconhece que o espaço limitado do prédio pode ser um desafio, mas ele acredita é possível implementar em pouco tempo. “Somos um pouco limitado, temos dois consultórios, usa a sala da rede feminina, sala de gerência, consultórios para que esse profissional venha uma vez por mês aqui e consiga atender esses pacientes. Até em alguns casos, o paciente que precisa passar pela nutrição e fonoaudiólogo, ele vem um dia na nossa unidade e passa pelos dois profissionais. É mais uma questão de agenda do profissional para estar aqui e uma readequação interna de espaços para poder receber esses pacientes”, relata.
Outro planejamento é ajudar nos cuidados paliativos. “Nós queremos montar alguns ambulatórios que passam por critérios médicos, como por exemplo, os pacientes que não tem mais uma possibilidade terapêutica. Não oferecemos o tratamento de combate ao câncer, mas oferecemos para ele o melhor suporte, fazer com que ele não viaje mais, um médico que tem toda a atenção de cuidados paliativos, estar aqui em Irati, pelo menos uma vez mensal. Achamos que conseguimos este controle, nós precisamos só de uns ajustes, e tempo para estar aqui”, disse.

Texto: Karin Franco, Leticia Torres e Silmara Andrade/ Hoje Centro Sul

Fotos: Karin Franco e Leticia Torres

 

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