11/10/2018
No último fim de semana, eleitores de todo o país foram às urnas escolher seus representantes. Deputados federais e estaduais, além de senadores e governadores, como no caso do Paraná, já foram definidos no primeiro turno.
Já a eleição para presidente terá sua decisão apenas no dia 28 de outubro, quando acontecerá o segundo turno.
O que vimos durante toda a campanha foi uma polarização crescente, com discursos estridentes, posições indo aos extremos em todos os sentidos, e muitos eleitores em meio às conversas tentando encontrar um caminho ideal para o país.
A polarização crescente tem feito famílias discutirem, amigos brigarem e também é motivo de discussão ou desentendimento entre pessoas que até pouco tempo se davam bem.
Foi essa polarização que levou as eleições para o segundo turno. E com a indefinição do ganhador para presidente, a polarização e as discussões tendem aumentar, já que os candidatos estarão em busca dos quase 30% de eleitores que não foram votar ou votaram em branco ou nulo, fora outros eleitores de outros candidatos.
É importante ressaltar que as discussões dentro de uma democracia são saudáveis. Emitir opinião, ouvir o outro, encontrar novas soluções são formas saudáveis de exercer a democracia no dia a dia.
A discussão política começa a ser problema quando ao invés de emitir opiniões, começam xingamentos; ao invés de ouvir o outro, começam desrespeitos; ao invés de encontrar novas soluções e chegar a um senso comum, começam imposições, brigas e falta de diálogo.
Para que o segundo turno possa ser um pouco mais saudável, é preciso que o debate democrático volte à normalidade. É preciso ter respeito pelo outro e por sua opinião. O ato de excluir do facebook, por exemplo, não as exclui do dia-a-dia, da convivência no trabalho, na faculdade, na família, aquelas pessoas que pensam diferente. Tendo por base o respeito, a tolerância ao diferente, é preciso discutir ideias, soluções, projetos e propostas. Somente deste modo conseguimos ter uma democracia saudável. E esse segundo turno da disputa presidencial será um momento de aprendizagem para os brasileiros de todas as matizes ideológicas - esquerda, direita e centro.