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Terapias alternativas se tornam ajuda no processo da cura

15/06/2018

Terapias alternativas se tornam ajuda no processo da cura

O uso de terapias alternativas em tratamentos de saúde tem sido extremamente difundido no país. O Ministério da Saúde estima que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participam de práticas integrativas e complementares através da saúde pública. Somente em 2017, foram 1,4 milhões de atendimentos individuais. Ao todo, as terapias estão presentes em mais de 3 mil municípios no país.

O número tende a aumentar, já que o Brasil se tornou líder na oferta de modalidades na saúde pública, especialmente após a inclusão de mais 10 novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) em março deste ano. Com isso, 29 terapias alternativas estão sendo oferecidas através do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita à população.

As terapias alternativas começaram a serem reconhecidas no Brasil em 2006, com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) que regulamentou a oferta de algumas das terapias. Através delas, municípios de todo o país podem oferecer as mais diferentes terapias alternativas através do SUS.

Em Irati, o assunto já foi discutido pelo Conselho Municipal de Saúde e a Secretaria de Saúde está se organizando para tentar ofertar algumas das terapias na rede pública. “Estamos em fase de estudo para que possamos, quando for realmente propor a implantação dessas práticas, consigamos implantar efetivamente”, disse a secretária de Saúde Magali de Camargo.

Uma das ofertas que devem começar a funcionar em pouco tempo é a da auriculoterapia, uma terapia parecida com a acupuntura que propõe a estimulação de alguns pontos da orelha, com o objetivo de atingir partes específicas do corpo. “Este é um trabalho que acredito que já no início deste segundo semestre começa ser ofertado pela fisioterapia”, comenta.

A secretária destaca que estas terapias não substituem o tratamento convencional, mas servem de complemento ao tratamento. “Não é para tirar o foco do tratamento da doença, mas ele vem com um coadjuvante, um auxiliar no tratamento dessas questões. Nunca ninguém vai dizer para parar de tomar um medicamento”, explica.

Terapias

Além da saúde pública, as mais diversas terapias são oferecidas por vários profissionais treinados. Contudo, elas possuem diferenças.

As terapias adicionais têm uma visão holística, ou seja, avaliam e tratam o paciente como um todo, olhando para o estado físico, emocional, espiritual e psicológico.Já a terapia complementar irá auxiliar o processo de cura, de forma integrada ao tratamento, controlando os sintomas e ajudando os pacientes a se sentirem melhor.

Na região,alguns dos tratamentos oferecidos são Reiki, Regressão, Barra de Access, Acupuntura, Homeopatia,entre outros. 

Homeopatia

Márcia Martins é médica pediatra e une os benefícios da medicina com os benefícios das terapias. Um dos tratamentos realizados pela médica é a homeopatia. “A homeopatia tenta resgatar a saúde da pessoa fazendo com que o remédio homeopático estimule uma energia vital para que ela por si só respondam e se autocure”, explica.

Ela também destaca que todas as pessoas possuem um processo fisiológico de se autocurar. “Quando damos homeopatia, estamos estimulando esse sistema interno para de alguma maneira achar esse caminho para a saúde”, fala.O tratamento homeopático é realizado através de medicamentos preparados de uma maneira diferente do tradicional.

Acupuntura

Outra terapia realizada por Márcia é a acupuntura, onde utiliza o método para diminuir a dor do paciente. “A acupuntura também trabalha com questões energéticas. A agulha vai estimular uma série de neurotransmissores no seu organismo, ajudando o seu organismo a ter uma circulação de energia melhor. Ele libera micro substâncias opioides que vão trabalhar estimulando ou sedando determinados caminhos dos órgãos”, disse.

A acupuntura é um tratamento milenar que faz parte da tradicional medicina chinesa, utilizada há mais de 200 anos. Durante o tratamento, agulhas pequenas são inseridas em pontos específicos do corpo, visando aliviar a dor.

Reiki

A terapeuta holística Fátima Jenczmionki é uma das profissionais que oferece o tratamento de Reiki na região. “O Reiki é uma harmonização do ser integral. Nós vemos o ser como corpo, mente e alma. Ele atua no atendimento de todos os corpos”, explica.

Fátima comenta que a energia trazida pelo Reiki irá atuar onde o paciente tiver uma maior necessidade. “Embora ele seja uma energia inteligente, ele vai para onde precisa ir, se fizer Reiki e você estiver com dor de barriga, ele vai para a sua barriga”, explica.

O Reiki trabalha com as células doentes, energizando as células boas para que elas tratem as células doentes, assim elas são melhoradas ou eliminadas. A terapia é liberada para qualquer idade e pode ser feita em qualquer momento, seja a cada 15 dias ou quando a pessoa não está se sentindo bem.

Regressão

Outro tipo de terapia existente é a regressão de memória, através de Terapia de Vivências Passadas com Reprogramação Neuro Dimensional. A proposta da terapia é que o paciente consiga buscar nos arquivos de memória aquilo que pode estar ocasionando uma doença ou um transtorno. “É uma terapia regressiva com orientação transpessoal, com uma abordagem psicanalista. A regressão vai buscar nos teus arquivos de memória os teus traumas, porque 95% dos teus traumas estão no seu inconsciente e a regressão vai trazer do inconsciente para o consciente para que consigamos trabalhar e mudar aquele padrão de vibração da pessoa”, explica FátimaJenczmionki.

Essa técnica tem o objetivo de trabalhar diferentes distúrbios de comportamentos, sejam eles problemas físicos ou mentais. “Problemas físicos sem diagnósticos médicos e sem melhora, conseguimos trabalhar na regressão. Já atendi um paciente com dor no pescoço há 15 anos. Fui trabalhando e desprogramando aquela dor. Na segunda vez que ele veio, já não estava sentindo aquela dor. O inconsciente viu onde estava a dor e foi lá e tratou”, conta.

Barra de Access

Outra terapia é a Barra de Access, uma ferramenta de um conjunto de terapias chamado Access Consciousness. Desenvolvida nos Estados Unidos, a proposta é que as terapias possam ajudar na busca de mudanças internas, alívio de estresse e melhoria de vida.

A especialista em Access, Carla Salete Corrêa, explica que através de perguntas é possível acessar respostas que estão dentro das pessoas. Durante o tratamento, as memórias são limpas. “As barras de Access é uma terapia que pretende limpar padrões de memória limitantes, ou seja, pensamentos, emoções, condicionamentos, comportamentos, julgamentos e crenças que estão registrados na nossa mente desde a vida intra-uterina”, explica.

Ela conta que a terapia é realizada somente na cabeça, em vários pontos que recebem a energização. “As barras são linhas que ligam e ativam pontos de energia na nossa cabeça. Ao todo, são 32 pontos que alojam os componentes eletromagnéticos de todos os pensamentos que alguma vez já tivemos sobre o que quer que seja”, disse.

A terapia transforma um indivíduo pesado de emoções em indivíduos leves. “O tratamento pode liberar anos de limitações e tornar a pessoa mais disponível para as oportunidades. Você sente mais leveza na cabeça, no corpo e na vida, pois as conexões neuronais agem com mais rapidez e fluência. A vida fica mais leve e criativa e as decisões mais assertivas”, conta Carla.

O tratamento não possui limitação de idade, nem física e mental. “É indicado para quem está passando por depressão, ansiedade, frustrações, déficit de atenção, hiperatividade, transtorno obsessivo compulsivo, autismo, etc”, fala.

Terapias ofertadas pelo SUS no Brasil:

Acupuntura

Homeopatia

Fitoterapia

Antroposofia

Termalismo

Arteterapia

Ayurveda

Biodança

Dança Circular

Meditação

Musicoterapia

Naturopatia

Osteopatia

Quiropraxia

Reflexoterapia

Reiki

Shantala

Terapia Comunitária Integrativa

Yoga

Apiterapia

Aromaterapia

Bioenergética

Constelação familiar

Cromoterapia

Geoterapia

Hipnoterapia

Imposição de mãos

Ozonioterapia

Terapia de Florais

Críticas

Apesar de ser reconhecida pelo Governo Federal, a inclusão de terapias alternativas tem sofrido críticas por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em março, o presidente Carlos Vital disse que a inclusão das novas práticas onera o sistema público de saúde. Ele também disse que médicos só podem atuar na medicina com procedimentos e terapêuticas que têm reconhecimento científico, como acupuntura e homeopatia. "A acupuntura quando praticada como especialidade médica é feita de maneira completamente diferente do que está colocado no SUS como uma prática integrativa, ou seja, é feita com base em evidências científicas e atinge alto grau de complexidade", explica.

Texto: Silmara Andrade e Karin Franco/Hoje Centro Sul

Fotos: Silmara Andrade/Hoje Centro Sul

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