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Irati terá base do Samu

16/03/2018

Irati terá base do Samu

A implantaçãodo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Irati tomou rumos concretos na última semana. O município assinou, com o Ministério da Saúde, na sexta-feira (09) um termo de adesão para recebimento de ambulâncias UTI móvel. “É um termo de compromisso para a aquisição dessa ambulância. Sexta-feira foi o último dia e o prefeito Jorge Derbli assinou esse termo”, conta a secretária de Saúde, Magali de Camargo.

Com isso, está garantido que Irati participará do programa. “Nós assinamos esse termo e a prefeitura vai ter que fazer uma base, que o custeio será pela prefeitura. Estamos dentro de 28 municípios dos Campos Gerais e também entramos no programa, vamos ter implantação do Samu em pouco tempo. Em 90 dias, no máximo, vamos ter a implantação do Samu, com uma base, com helicóptero em Ponta Grossa para atender toda a região”, disse o prefeito Jorge Derbli. O terreno para a instalação da base ainda não foi escolhido, mas há conversas não oficiais para que o Corpo de Bombeiros de Irati possa ajudar neste início do programa.

Apesar da expectativa positiva e da implantação ser em um curto período de tempo , ainda não há prazo definido para o funcionamento efetivo dos serviços do Samu em Irati. Ainda é preciso que os municípios entrem em acordo quanto a um consórcio para gerenciar o Samu e, segundo a secretária, o projeto também deverá seguir para análise da Câmara de Vereadores de Irati e para o Conselho de Saúde.

Nesta quarta-feira (14), às 13h, prefeituras da região irão se reunir na Amcespar para esclarecer as dúvidas que os gestores têm em relação ao Samu e sobre o custo dosserviços para cada município. A reunião terá a presença do diretor de Urgência da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná,Vinicius Filipak.

Convênio

Um dos desafios em relação à implantação do Samu é o custo que o serviço possui, em comparação com o tamanho das cidades. Por isso, o uso de consórcios para implementar o Samu é um dos meios que os munícipios têm encontrado para ter o serviço.

A secretária Magali de Camargo explica que desde 2012 havia a proposta de queos consórcios de saúde da Amcespar e dos Campos Gerais fizessem uma parceria para gerenciar o Samu. Contudo, no ano passado, uma nova proposta surgiu: a criação de um consórcio único para gerenciar apenas o Samu.“O ano passado foi levado uma nova proposta da formação de um consórcio independente dos outros, somente para gerenciar o Samu, e nesta ocasião foi apresentada a proposta e houve a assinatura de uma carta de intenções para formar o consórcio”, explica a secretária.

Com a proposta deste consórcio, segundo a secretária, Irati terá uma sede que possuirá uma UTI Móvel, mais uma ambulância com suporte básico, similar às que o munícipio já possui. Imbituva, Inácio Martins e Rio Azul também terão uma ambulância de suporte básico.

Ainda neste contexto sugerido, a gestão dos profissionais contratados para o Samu ficará a cargo do consórcio, que será criado. Além disso, a gerência técnica e administrativa do Samu ficará a cargo de Ponta Grossa.

As ambulâncias do Samu farão o atendimento apenas das chamadas feitas através do número de telefone 192.

Custos

Os custos totais ainda não possuem uma confirmação, pois dependem da quantidade de municípios que integrarem o consórcio.“Quanto menos municípios aderirem, mais caro fica o custo”, explica a secretária.

De acordo com Magali, atualmente o município de Irati gasta em torno de R$ 60 mil a R$ 70 mil com transporte utilizando ambulâncias e UTI Móvel. “Fizemos um estudo comparativo com o que gastamos com transporte com nossos próprios recursos e com os recursos da empresa terceirizada quando precisa de UTI Móvel, sempre com a negativa do estado quanto o estado não tem condições de fornecer a ambulância.Temos um gasto em torno de R$ 60 mil a R$ 70 mil”, disse.

Para a implantação do Samu, além da base que será custeada por Irati, outro valor que deverá ser pago mensalmente é referente à quantidade de habitantes do munícipio. Na última proposta discutida, o valor dessa quantia mensal estava em torno de R$ 1,75 por habitante/mês. Neste cálculo, a estimativa é que mensalmente Irati terá um custo de R$ 90 mil a R$100mil. Contudo, esses valores ainda estão sendo discutidos, o que ocorrerá inclusive na reunião desta quarta-feira.

Segundo Magali, mesmo com o Samu, a pasta continuará oferecendo os serviços. “Nós continuamos fazendo os transportes inter-hospitalares, na ausência de uma UTIMóvel, nós podemos contratar uma ambulância terceirizada. Não é solução para todos os problemas de urgência e emergência, mas vai diminuir o gasto em equipe”, relata.

Vantagem

A secretária relata que o que mais pesa na decisão da pasta é a vantagem que o atendimento pelo Samu tem em relação ao atendimento que já é realizado em emergência ou urgência. “A principal é a vaga-zero em emergência ou urgência. Quando o Samué acionado, ele coloca o paciente aonde for a referência desse atendimento, tenha ou não vaga disponível”, explica.

Atualmente, o paciente que precisa do atendimento de urgência ou emergência pode esperar até um dia para ser transferido, já que será necessário esperar que haja vaga disponível no estado. “Em um caso em que teve um acidente grave, pelos meios atuais, teria que colocar o paciente na Santa Casa, a Santa Casa teria que acionar a Central de Leitos e a Central de Leitos iria procurar um local no Paraná que tivesse vaga para atender esse paciente. Se o Samu atende o paciente e vê que ele está correndo risco de morte, que é uma urgência, ele leva para onde tem essa referência. Ele vai levar no hospital mais próximo. Se for em Ponta Grossa, é Ponta Grossa. Se for Curitiba, é Curitiba”, explica.

Para Derbli, o serviço trará um avanço grande na área de saúde de toda a região, especialmente ao oferecer mais agilidade no atendimento. “Uma das poucas regiões que não tem, e agora terá. É uma melhoria para a atender a população”, finaliza.

A secretária acredita que o serviço é essencial. “Nós queremos o serviço do Samue precisamos do serviço do Samu. O que estamos discutindo na região e com o consórcio são os custos do Samu. Porque para o município maior pode não ser grande, mas para nós é grande.É um custo relativamente alto, mas nós não podemos deixar de oferecer à população”, destaca.

Texto: Karin Franco/Hoje Centro Sul

Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde/Divulgação

 

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