facebook

Qual o caminho para ser atendido no Erasto Gaertner em Irati?

21/02/2018

Qual o caminho para ser atendido no Erasto Gaertner em Irati?

No início deste mês, a Unidade de Serviço de Oncologia Clínica Adicional do Hospital Erasto Gaertner em Irati começou a realizar os tratamentos de quimioterapia leve. No mês passado, já haviam sido iniciadas as consultas de novos atendimentos de pacientes com suspeita de câncer.

O início dos serviços prestados pela unidade em Irati tem trazido dúvidas à população quanto ao funcionamento. Segundo a chefe de Divisão de Atenção e Gestão a Saúde da 4ª Regional de Saúde, Patrícia Padilha Sobutka, e a chefe de Recursos Humanos, Juliana Menon, muitas pessoas têm entrado em contato com a Regional para tirar dúvidas sobre o funcionamento da unidade.

Elas esclareceram os procedimentos necessários para as consultas na unidade. A unidade em Irati está atendendo casos dos nove municípios de abrangência da 4ª Regional de Saúde.

Novos atendimentos

Patrícia esclarece que todo novo atendimento inicia na Unidade Básica de Saúde, isto é, nos postos de saúde de cada localidade. É lá que o médico irá realizar os encaminhamentos como pedidos de exames ou encaminhamentos para especialista. “O paciente vai pegar toda a documentação, a guiade encaminhamentodo seu munícipio de origem, documentos pessoais, Cartão SUS, comprovante de residência e vai no setor especializado de cada município. Cada Secretaria de Saúde tem uma central onde eles concentram todos os encaminhamentos desses pacientes das unidades que precisam ir para fora, ou para um tratamento especializado – que pode ser na Santa Casa, pode ser no Consórcio ou na Unidade Adicional do Erasto”, relata.

No setor especializado de cada município é feito um cadastro, que é registrado em um sistema estadual que regula diversos setores como leitos e Samu. “Ele faz toda a concentração, tanto da parte financeira, quanto da parte de agendamento”, disse.

Após o cadastro, será marcada a consulta no Erasto. “Na medida em que a Unidade Adicional fornecer as vagas, a Regional vai liberando por município”, conta Patrícia.“Na Unidade Adicional nós distribuímos de acordo com o que está cadastrado. O município de Fernandes Pinheiro, que é o menor, se estiver com mais pacientes cadastrados, ele vai receber mais vagas, mesmo ele tendo um percentual de 7%, 8% na distribuição de vagas porque na oncologia existe uma portaria que dá 60 dias para fazer tudo”, explica.

O contato com o paciente para informar dia da consulta e local acontece em pouco mais de uma semana. “A intenção da 4ª Regional é diminuir este tempo, mas a gente está levando entre 7 a 10 dias para encaminhar tanto para a Unidade Adicional quanto para o hospital Erasto em Curitiba”, conta Patrícia.

Quando a consulta for marcada, o paciente deve se dirigir ao local onde realizou o encaminhamento para buscar os documentos e guias que serão apresentados na consulta. No dia da consulta, o município é responsável quanto ao transporte. “Aqui em Irati o próprio paciente procura a unidade, não há necessidade, a não ser os pacientes do interior, mas esse é o fluxo interno do munícipio. Os munícipios da região,  eles vem com o transporte do próprio munícipio que já traz para o Consórcio, para outros locais de atendimento, eles já trazem para a unidade adicional também”, relata.

No caso da consulta marcada no Erasto em Irati, o paciente deve levar os documentos pedidos à recepção. “Eles vêm munidos dos documentos pessoais, do Cartão SUS e da guia. Chegando na unidade adicional, o pessoal da recepção faz a conferência e vê se está tudo certo. Fazendo essa conferência já é encaminhado para o atendimento com o profissional”, explica.

Depois da consulta, o paciente já é informado dos próximos encaminhamentos. “Eles saem de lá com uma data agendada, eles têm uma carteirinha e está marcada o retorno desse paciente lá. Não precisa voltar neste sistema”, relata Juliana.

O retorno depois da primeira consulta é marcado pelo próprio Erasto de Irati que envia os documentos digitalizados para a 4ª Regional, para que o paciente seja incluído no sistema estadual e assim, o encaminhamento será realizado. “Depois, nos retornos, a própria unidade marca, não precisa ir ao município, não precisa vir na Regional”, disse.

Pacientes antigos

No caso de pacientes que já realizam tratamento em Curitiba, Patrícia esclarece que é o médico responsável pelo tratamento que decidirá o encaminhamento e quais procedimentos serão feitos em cada município. “É o especialista que vai dizer para você, baseado nos teus exames, se você tem condições de continuar aqui ou tem que ir para Curitiba”, relata.

No ano passado, o próprio Hospital Erasto Gaertner realizou uma triagem com os pacientes da região que faziam tratamento em Curitiba. O hospital está entrando em contato com os pacientes para informar quem poderá fazer algum procedimento em Irati.

Atendimento limitado

Patrícia explica que os atendimentos no Erasto em Irati são limitados, já que a estrutura não permite procedimentos mais complexos. “A gente tem que entender que ela [Unidade do Erasto em Irati] não é um pronto-socorro. Ela não tem estrutura do hospital, ela é uma clínica para dar esse suporte para alguns procedimentos que serão feitos aqui. Terá quimioterapia, mas não todas as quimios”, explica.

Atualmente, além do atendimento ambulatorial, como troca de curativos, são realizadas as consultas e quimioterapias leves. Tratamentos que exigem uma estrutura médica maior como radioterapia ainda são realizados em Curitiba.

Falta nas consultas

Segundo Patrícia, o paciente precisa estar atento para não faltar à consulta. Caso falte, ele precisa iniciar todo o procedimento novamente. “A continuidade do tratamento dele vai se romper e ele vai ter que voltar para conseguir um novo código, uma nova liberação do governo federal para ter esse tratamento, como se fosse um novo paciente”, disse.

Por isso, ela alerta que é importante que familiares avisem a unidade adicional em caso de internação, para que a consulta seja transferida. “Temos casos de pacientes que estão internados. Alguém da família avisa a unidade, porque aí ele não perde a vaga. Se ele perder essa vaga, ele inicia tudo novamente, todo o fluxo de novo. Porque o sistema, se você não dá baixa, ele dá baixaautomaticamente dizendo que o paciente faltou”, explica.

Avisando por telefone, a unidade consegue reagendar em uma nova data, mantendo o vínculo do paciente ao sistema.

Passo a passo para o atendimento a novos casos de câncer

1-Unidade Básica de Saúde do seu município

2-Médico encaminha para especialista em oncologia, conforme a necessidade

3 -Documentação é levada pelo paciente no setor de marcação de consultas especializadas do seu munícipio

4 -Setor marca a consulta na unidade do Erasto

5 -Paciente é avisado sobre o dia da consulta

6 -Paciente chega  na unidade e entrega a documentação

7 -A primeira consulta com o oncologista é feita

8  -A partir de então o médico oncologista dará os encaminhamentos que são necessários

Pacientes que já estão em tratamento:

- Hospital Erasto Gaertner realizou, no ano passado, a triagem dos casos e os pacientes são avisados pelo hospital onde continuarão o tratamento

- Dúvidas precisam ser tiradas com o médico responsável pelo tratamento

Diferença

O diferencial da instalação da Unidade Adicional em Irati é a conquista de mais vagas. Antigamente, todos os encaminhamentos da oncologia eram feitos para Curitiba. Lá, apenas 30% das vagas são destinadas a municípios de outros lugares do estado. O restante é dedicado para pacientes de Curitiba.

Após o cadastro no sistema, a consulta em Curitiba ficava a cargo da Secretaria de Saúde da capital. “Para o sistema do munícipio de Curitiba não existe o meu caso é mais grave que o teu. É por ordem. Não é nem a Regional que faz o agendamento, é o próprio município de Curitiba que manda as guias prontas”, relata Patrícia.

Atualmente, os atendimentos que ainda precisam de encaminhamento no Erasto em Curitiba continuam seguindo as normas antigas. Apenas os atendimentos encaminhados para Irati que seguem o sistema estadual. “Neste sistema do estado, nós classificamos pela situação de risco. Se o paciente, por mais que seja cadastrado hoje, e tem dez que já estão cadastrados e o médico auditor do munícipio e o auditor da regional veem que o caso é mais grave, eles vão priorizar. Ou seja, esse paciente que estava em décimo lugar, ele passa para a próxima vaga que tiver”, conta.

Com as consultas de novos atendimentos sendo feitas em Irati, abrem mais vagas para os municípios da região. “Os pacientes que estão deixando de ir pra lá, vai abrir vagas para outros municípios para serem atendidos lá”, relata Juliana.

Texto: Karin Franco/Hoje Centro Sul

Fotos: 1 - Karin Franco/Hoje Centro Sul

2 – Arquivo/Hoje Centro Sul

 

 

 

Comentários

🗞️📰 Edição 1583 - Já nas bancas!
  • Direitos Autorais

    Textos, fotos, artes e vídeos do Jornal Hoje Centro Sul estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. É expressamente proibido a reprodução do conteúdo do jornal (eletrônico ou impresso) em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização expressa do Jornal Hoje Centro Sul.

  • Endereço e Contato

    Rua Nossa Senhora de Fátima, no 661
    Centro, Irati, PR - CEP 84500-000

    Tel: (42) 3422-2461

  • Pauta: jornalismohojecentrosul@gmail.com

    Expediente: de segunda à sexta das 8h às 17h

JORNAL HOJE CENTRO SUL - © 2020 Todos os Direitos Reservados
Jornalista Responsável: Letícia Torres / MTB 4580