13/11/2017
O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realiza na manhã desta segunda-feira (13) uma operação onde cumpre mandados de busca e apreensão em Rio Azul e Curitiba.
Um dos mandados é em uma propriedade do ex-prefeito de Rio Azul, Vicente Solda. Mais de dez policiais do Gaeco fizeram buscas na Tabex Tabacos Importações e Exportações, em Rio Azul. O ex-prefeito Vicente Solda foi conduzido coercitivamente de casa até a empresa, onde abriu a porta para a entrada dos policiais.
Após o cumprimento do mandado, os policiais do Gaeco levaram o material apreendido para o destacamento da Polícia Militar. A continuidade da operação deverá acontecer a partir de sexta-feira (17) na Comarca de Rebouças.
Operação
Ao todo, sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Paraná estão sendo cumpridos na manhã desta segunda-feira, 13 de novembro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba, na Operação Castor, que é um desdobramento da Operação Argonautas. Além do ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, conhecido como “Bibinho”, esta fase da operação envolve o ex-prefeito de Rio Azul e seus familiares.
A investigação apura a extração ilegal de madeira em imóveis pertencentes ao ex-diretor, localizadas no município de Rio Azul, que estão sob sequestro judicial por ordem da 4ª Vara Criminal de Curitiba.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Rio Azul (em duas empresas pertencentes ao ex-prefeito municipal e seus familiares e em suas residências) e em Curitiba (na casa do ex-diretor da Alep).
Argonautas
A Operação Argonautas foi deflagrada em 2014, quando o ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná foi preso pelo Gaeco em Brasília, no momento em que recebia cerca de R$ 70 mil do administrador de suas propriedades no estado de Goiás. Em 2015, ele foi denunciado pelo MPPR junto com outras doze pessoas por envolvimento em desvios de dinheiro público do legislativo estadual. Segundo a investigação, entre 1997 e 2010 foram desviados mais de R$ 216 milhões (em valores atualizados) envolvendo a contratação de pelo menos 97 funcionários “fantasmas” pela Alep.
Os recursos desviados eram “lavados” através da aquisição de imóveis urbanos e rurais, em nome do próprio ex-diretor e de seus familiares, em vários estados do país, e de sua posterior exploração (agrícola ou extração de madeira ou minérios, por exemplo). Na denúncia, foram descritos pelo menos 60 imóveis utilizados no esquema, localizados no Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo.
Texto: Da Redação/Hoje Centro Sul, com informações de assessoria
Fotos: Ciro Ivatiuk/Hoje Centro Sul